terça-feira, 06 de dezembro de 2022
Pagamento por aproximação: confira limites dos principais bancos e como se proteger utilizando a função
O uso da modalidade deve chegar a 50% dos pagamentos com cartão até o final do ano.
A função do fazer pagamentos com o cartão de débito e crédito por aproximação está em crescimento no país, e segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), de setembro do ano passado para este ano, o uso da modalidade quase dobrou, passando de 19,4% dos pagamentos para 37,7%.
Ainda de acordo com a associação, a expectativa é que até o final deste ano os pagamentos por aproximação já alcancem metade dos acertos feitos com cartão. Um número bastante expressivo, já que há apenas dois anos o uso da função representava apenas 3,9% dos pagamentos.
Apesar do crescimento, a modalidade requer alguns cuidados no uso. Confira algumas dicas propostas pelo perito digital e professor de forense computacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marcelo Nagy, ao UOL, para aumentar a segurança da forma de acerto.
1) Limite do valor da transação: não há uma regra única, mas os bancos costumam estabelecer um limite máximo de até R$ 200 para pagamentos por aproximação sem senha.
Segundo Nagy, o consumidor deve definir um valor máximo em que são permitidas as transações por aproximação sem senha. Caso o cliente opte por limitar a R$ 50, por exemplo, só serão liberadas compras por aproximação até esse valor. Caso a conta seja mais alta, será exigido senha. Assim, é possível evitar prejuízos altos caso o cartão caia na mão de terceiros.
Se o banco não permitir alterar o limite máximo para transações por aproximação, o consumidor pode pedir para desabilitar a função.
2) Observe o valor no visor da máquina: a Abecs recomenda que, antes da compra, o consumidor olhe sempre para o valor da compra no visor da máquina e confira as informações.
Caso a máquina esteja com o visor quebrado, não compre. Só aproxime o cartão depois de confirmar o valor e não entregue o cartão nas mãos de outra pessoa
3) Avalie contratar um seguro: Nagy sugere que os consumidores considerem contratar o serviço antifurto para o cartão. Assim, caso o cartão seja furtado ou roubado, basta fazer um boletim de ocorrência e acionar o seguro.
O que dizem os grandes bancos
O Bradesco afirma que segue a padronização da indústria de pagamentos que autoriza transações por aproximação de até R$ 200. O cliente pode ativar ou desativar o recurso e até mudar o valor.
Segundo o Bradesco, outra medida de segurança é que o cartão é entregue bloqueado ao cliente. Para utilizá-lo, é necessário realizar o desbloqueio pelos canais de atendimento. Para liberar o uso do pagamento por aproximação, é preciso que o cartão esteja desbloqueado e com a primeira transação realizada com chip e senha.
O Santander também afirma que segue a padronização e que prevê um limite de pagamento de até R$ 200. Esta função está habilitada desde o primeiro uso. O usuário pode optar por bloquear esta funcionalidade pelos canais de atendimento ou alterar o valor.
O Banco do Brasil afirma que seus cartões também têm limites de R$ 200 no pagamento por aproximação. O cliente pode ativar ou desativar no app Ourocard, WhatsApp BB, pela central de relacionamento ou nas agências. Os limites podem ser alterados pelo cliente.
Caixa Econômica afirma que compras por aproximação de até R$ 200 não exigem o uso de senha e que o cartão vem bloqueado para uso em transações por aproximação. O desbloqueio é realizado após a primeira compra realizada partir da leitura do chip e uso da senha nas maquininhas. Após habilitação, o cliente poderá ativar ou desativar a função pagamento por aproximação por meio do Internet Banking ou em uma agência da Caixa.
O Banco Itaú informou que o limite para compras presenciais com cartão sem senha é de R$ 200. Para valores acima disso, é solicitada a digitação de senha, sendo que não existe limite específico para este tipo de transação.
Com informações UOL economia
fonte: https://www.contabeis.com.br/noticias/53929/confira-dicas-de-seguranca-para-utilizar-o-pagamento-por-aproximacao/